Revista de Processamento e Tecnologia de Alimentos

Abstrato

Estabilidade do pentapeptídeo bioativo derivado de farelo de arroz nanoencapsulado em sumo de maçã

Fátima Alessa, Navam Hettiarachchy, Srinivas J Rayaprolu, Mourad Benamara, Denise Greathouse e Surendra Singh

Os compostos bioativos podem ser derivados dos grãos de cereais e dos seus componentes, como o farelo de arroz. Estes compostos bioativos têm potência para promover a saúde. Um pentapeptídeo com uma sequência de aminoácidos Glu-Gln-Arg-Pro-Arg (EQRPR) preparado a partir de farelo de arroz desengordurado estabilizado termicamente (HDRB) demonstrou propriedades anticancerígenas multi-sítio em linhagens celulares humanas. Os sumos de fruta podem ser utilizados como veículos para incorporar o pentapeptídeo como nutracêutico. Para abordar a estabilidade do pentapeptídeo na bebida e evitar possíveis interações com outros componentes, foi utilizada a nanoencapsulação com poli(ácido láctico-co-glicólico) (PLGA) para a entrega do ingrediente bioativo. O pentapeptídeo nanoencapsulado (concentrações: 200/400/600 μg/mL) no sumo de maçã (sistema modelo) apresentou uma estabilidade significativa sem degradação durante 2 meses com base na análise de cromatografia líquida de alta eficiência. As nanopartículas eram uniformes e estáveis, com um diâmetro efetivo a variar entre 82 e 83 nm e os resultados indicaram também que não houve alterações significativas no tamanho durante um período de armazenamento de 60 dias. Não foi observado crescimento microbiano nas amostras de sumo de maçã preparadas. O pentapeptídeo não encapsulado incorporado no sumo de maçã apresentou uma degradação significativa após 7 dias de armazenamento. As nanopartículas de PLGA demonstraram um efeito notável na proteção e estabilização dos compostos bioativos (pentapeptídeo) durante o período de armazenamento a 4ºC. As nanopartículas de PLGA podem, portanto, ser um transportador promissor para o pentapeptídeo bioativo quando incorporados num meio de sumo.