Ana Maria Pinto dos Santos, Rosemary Duarte Sales Carvalho, Ademir Evangelista do Vale, Jeane Santos Lima, Ivanice Ferreira Santos, Uenderson Araujo Barbosa, Hilda Costa dos Santos, Clarissa Duarte Sales Carvalho e Margareth da Silva Ribeiro
O presente estudo teve como objectivo a caracterização microscópica e química de quatro amostras de farinhas de fruta: beringela (Solanum melongena), banana (Musa spp), maracujá (Passiflora spp) e uva (Vitis vinifera). Para a determinação da composição química a digestão ácida foi assistida por micro-ondas utilizando ácido nítrico e peróxido de hidrogénio e posteriormente analisada por Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP OES). A validação do método foi avaliada através da análise de um material de referência certificado (CRM), a Farinha de Arroz NIST 1568a. Os teores de vitamina C da farinha da amostra foram determinados pelo procedimento AOAC. As análises microscópicas foram realizadas com um microscópio ótico Olympus SZH10 acoplado a uma câmara digital Cannon Power Shot A460. As concentrações médias de minerais nas amostras de farinha (em mg/100 g) foram: 0,30 a 367 (Ca); 3,38 a 1666 (K); 0,16 a 216 (Mg); 0,023 a 136 (Na); 0,010 a 9,95 (Cu); 0,050 a 27,87 (Fe); 0,052 a 6,55 (Mn); 0,011 a 6,04 (Zn) e 2,9 a 70,4 (Vitamina C). A análise de componentes principais (ACP) mostrou que as variáveis vitamina C e Na possuem correlação negativa com o Mn e estas variáveis contribuem para a discriminação de amostras de farinhas de banana e maracujá. Foram observados componentes característicos dos tecidos vegetais que constituem as farinhas dos frutos, bem como a adição irregular de amido.