Guna Ravichandran
A exposição da humanidade a produtos químicos no último século aumentou drasticamente. Os alimentos processados tornaram-se uma tendência devido ao seu sabor, conveniência e baixo custo. O fabrico de fast food envolve temperaturas extremas no processamento ou na preparação, resultando na formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs), conhecidos como produtos de Maillard, que podem promover de forma independente impactos na saúde. Os humanos segregam mais de cinquenta hormonas diferentes para regular as funções fisiológicas fundamentais, incluindo o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento, etc. Curiosamente, as hormonas podem sofrer a intervenção de um grande número de stressores químicos denominados disruptores endócrinos (DEs). Estudos prevalentes estimaram que o fardo económico das doenças endócrinas com elevada probabilidade de causalidade por DEs seja de 157 mil milhões de euros anuais na União Europeia. Apesar de mais de 1.400 produtos químicos diferentes terem sido suspeitos de serem DE, a procura de novos DE continua ativa. No âmbito de tal contexto, com base nas evidências substanciais documentadas até, colocámos a hipótese e revimos o surgimento de AGEs alimentares como potenciais DEs. Assim sendo, abordando nesta plataforma o seu novo papel nas doenças endócrinas, poderemos causar impacto na exposição aos AGEs alimentares junto do público em geral.