Sefa Salo, Mengistu Urge e Getachew Animut
Este estudo foi conduzido utilizando 24 ovinos Hararghe das terras altas, machos inteiros, com um ano de idade e um peso corporal inicial (PC) de 15,7 ± 2,3 kg (Média ± DP), para determinar os efeitos da suplementação de diferentes formas de grão de cevada com dieta basal de feno de pastagem natural no consumo de alimento, digestibilidade, ganho médio diário de peso corporal (GMD) e parâmetros de carcaça. Os animais foram agrupados em 6 blocos de 4 animais com base no peso corporal inicial e foram distribuídos aleatoriamente pelos quatro tratamentos. Os tratamentos foram alimentados com feno ad libitum isolado (T1) ou suplementado com 300 g de matéria seca (MS) de cevada crua (RB, T2), cevada maltada (MB, T3) ou cevada partida (CB, T4). Todos os animais receberam 50 g de MS suplementar com noug pie (NSC) e tiveram livre acesso a água e bloco mineral. A experiência consistiu em 90 dias de alimentação e 7 dias de testes de digestibilidade e avaliação da carcaça no final. Os teores de proteína bruta (PB) do feno, NSC, RB, MB e CB foram de 6,6, 35,7, 11,7, 12,5 e 11,6%, respetivamente. O consumo de MS de feno foi superior no T1 (523 g/dia) do que nos restantes tratamentos (360-425 g/dia). Ingestão total de MS (573, 710, 723 e 775 g/dia (EPM = 29,5)) e ingestão de PB (52, 77, 77 e 83 g/dia (EPM = 2,0) para T1, T2, T3 e T4, respetivamente) foi menor para o T1 do que para os grupos suplementados, não havendo diferença (P > 0,05) entre os tratamentos suplementados. A digestibilidade da PB (55,8, 71,1, 69,0 e 70,0% para T1, T2, T3 e T4, respectivamente (EPM = 1,93)) foi superior (P < 0,05) nos ovinos suplementados do que no T1. O GMD de 13, 73, 87 e 83 g/dia para o T1, T2, T3 e T4, respetivamente (SEM = 6,0), foi também superior (P < 0,05) para os grupos suplementados do que para o T1. A suplementação com cevada resultou num maior (P < 0,05) peso de carcaça quente do que T1 (6,0, 10,0, 10,7 e 10,5 kg para T1, T2, T3 e T4, respetivamente (SEM = 0,56). Os resultados deste estudo realçaram que o tratamento da cevada como na maltagem e na quebra não altera o desempenho dos ovinos em comparação com a cevada não tratada. Assim, recomenda-se a suplementação com cevada crua. a suplementação de animais com uma dieta rica em energia tem provado melhorar o desempenho e a rentabilidade dos animais.