Chenchaiah Marella, K. Muthukumarappan e LE Metzger
Em diversas indústrias de processamento, a separação de diferentes componentes de uma mistura é uma operação unitária importante. Por vezes, o componente separado é um produto importante e, em alguns casos, é um resíduo. Existe uma variedade de tecnologias disponíveis para utilização em separações, cada uma operando com base nas propriedades físicas e químicas da mistura. Um dos processos de separação fundamentais que trouxe uma grande mudança no processamento dos fluxos de coprodutos lácteos é a tecnologia de separação por membrana. As separações por membrana funcionam com base nas diferenças de tamanho e forma das moléculas. Hoje a indústria de lacticínios é responsável pela maior parte da área total de membranas instaladas no processamento de alimentos, sendo responsável por cerca de 300.000 metros quadrados de área de membranas instaladas em todo o mundo. Os processos de Osmose Inversa (RO), Nanofiltração (NF), Ultrafiltração (UF) e Microfiltração (MF) têm sido utilizados na indústria de lacticínios há cerca de 4-5 décadas. Cada um destes processos é utilizado para aplicações específicas. O crescimento fenomenal da aplicação da tecnologia de separação por membranas no processamento de produtos lácteos colocou em foco a necessidade de novas membranas e processos que permitam a produção de novos ingredientes à base de produtos lácteos. Hoje em dia, o processo UF de poros largos é utilizado para desenvolver produtos proteicos enriquecidos com α-lactoalbumina, o processo NF solto é utilizado para recuperar e purificar oligossacarídeos, o processo UF de alta pressão é utilizado para substituir o processo NF convencional utilizado para concentrar os fluxos de produtos lácteos. No presente artigo são apresentados novos desenvolvimentos na aplicação da separação por membranas na indústria de lacticínios, juntamente com os dados experimentais da investigação realizada pelos autores.