Ting F Leung, Man F Tang, Hing Y Sy e Gary WK Wong
A asma é caracterizada por obstrução recorrente e reversível do fluxo aéreo, bem como por hiper-responsividade brônquica. A inflamação das vias aéreas é fundamental para a patogénese da asma. Os broncodilatadores são defendidos como tratamentos de resgate para sintomas agudos de asma, enquanto os medicamentos anti-inflamatórios, como os corticosteróides inalados (ICS), são terapias de controlo comuns para a asma crónica. Os modificadores dos leucotrienos são alternativas amplamente prescritas aos CI. Durante os últimos anos, vários estudos farmacogenómicos que adoptaram matrizes de genoma completo identificaram novos alvos genéticos que contribuem para a heterogeneidade nas respostas a estes medicamentos anti-asma. Estes chips genéticos contêm sondas densas
que capturam genótipos de polimorfismos de nucleótidos únicos ou a expressão de genes em todo o genoma humano. Através destas abordagens, foi reportado que CLCA1, periostina, serpinB2, FKBP51, NFKB, GLCCI1 e gene T modulam a resposta de ICS em doentes com asma, enquanto ARG1, CRHR2, SPATS2L e COL22A1 eram novos genes para respostas broncodilatadoras. Alguns destes alvos terapêuticos foram replicados em populações independentes e/ou suportados por experiências in vitro e in vivo a jusante sobre a sua funcionalidade. O apoio adequado da bioinformática foi essencial na investigação farmacogenómica, tendo em conta a enorme quantidade de dados do genoma completo envolvidos. Estas descobertas de todo o genoma facilitarão, em última análise, a farmacoterapia personalizada da asma, que
nos permitirá escolher entre as opções de tratamento que provavelmente serão eficazes para qualquer doente específico. No entanto, são necessários mais recursos e esforços colaborativos para fazer avançar a investigação farmacogenómica.