Doreen Mukona
A educação para a saúde é importante para promover bons comportamentos de estilo de vida e prevenir/retardar o aparecimento de diabetes
mellitus tipo II. Existem evidências substanciais provenientes de países desenvolvidos que suportam a importância da
educação para a autogestão da diabetes na promoção da adesão à terapêutica e do controlo glicémico. O objectivo desta
revisão sistemática (RS) foi identificar o impacto das intervenções educativas no controlo glicémico e outros resultados relacionados
nas populações africanas. Foram pesquisadas as bases de dados Pubmed, CINAHL, EMBASE e Google Scholar. Os termos de pesquisa
para diabetes foram; diabetes, hiperglicemia e diabetes mellitus. Os termos de pesquisa para as intervenções educativas foram;
educação para a saúde, modelo de educação para a saúde, programa de educação para a saúde, quadro de educação para a saúde,
intervenção em educação para a saúde e educação do doente. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que testaram a eficácia ou o impacto de
intervenções de educação para a saúde em pessoas com diabetes mellitus em África, recrutaram controlos simultâneos, visaram
promover um bom controlo glicémico em doentes diabéticos e centraram-se em pelo menos uma área de gestão do estilo de vida.
Os estudos foram eliminados se não fossem ECR, fossem realizados em profissionais de saúde, não tivessem
um artigo em texto integral acessível, tivessem recrutado populações mistas (diabéticos e não diabéticos) e se não tivessem títulos e
resumos em inglês. O período de corte para as publicações garantiu a inclusão da evidência atual na revisão sistemática. Nove
estudos foram incluídos na RS. Existia uma heterogeneidade substancial entre os estudos, pelo que não foi possível fazer comparações diretas
e, por conseguinte, não existem evidências fiáveis que favoreçam a superioridade de uma intervenção sobre outra