Abstrato

Associação entre Vulvovaginite Pré-natal e Trauma Perineal Relacionado com o Nascimento

Adriana AmorimFrancisco

Enunciado do problema O trauma perineal relacionado com o nascimento afeta frequentemente as mulheres que dão à luz por via vaginal e afeta negativamente a recuperação pós-parto. Em geral, as mulheres que tiveram um diagnóstico de vulvovaginite pré-natal têm maior probabilidade de apresentar estas lesões; no entanto, não existem evidências robustas que suportem tal associação.

Objetivo: Identificar se a vulvovaginite antenatal está associada a traumatismo perineal no parto normal.

Método: Estudo transversal com 100 mulheres primíparas, com pelo menos 18 anos de idade, que deram à luz um feto único, vivo e de termo, em apresentação de vértice, num centro de parto liderado por uma parteira. Os dados foram recolhidos a partir do registo pré-natal e do nascimento e através de uma entrevista estruturada com as participantes.

Resultados: idade média das participantes 23,1 anos (DP: 4,8), 16% de trabalho de parto induzido com misoprostol, 54% de infusão de ocitocina sintética no trabalho de parto, 83% de posição de nascimento em litotomia, 98% de manobra “hands on”, 75% de trauma perineal (70,7% de primeiro grau e 29,3% de laceração de segundo grau), 54% de vulvovaginites antenatais (42% tratadas no período pré-natal), peso médio ao nascimento do recém-nascido, perímetro cefálico e torácico: 3,102g (DP: 385), 33,3 cm (DP: 1,2) e 32,2 cm (DP: 1,7), respetivamente. Apenas as variáveis ​​​​vulvovaginites antenatais e o peso e perímetro cefálico do recém-nascido estiveram associadas ao traumatismo perineal. As mulheres que tiveram vulvovaginite pré-natal tiveram 4,7 vezes mais probabilidade de sofrer um trauma perineal em comparação com as que não tinham vulvovaginite, independentemente do peso do recém-nascido ao nascimento e do perímetro cefálico. Cada aumento de 100g no peso ao nascimento do recém-nascido e de 1cm no perímetro cefálico aumentou em 21% e 51% a hipótese de traumatismo perineal materno no parto, respetivamente. Não se verificou associação entre o tratamento da vulvovaginite pré-natal e o trauma perineal ou vulvovaginite pré-natal e a gravidade do trauma perineal.

Conclusão: É necessário prevenir as vulvovaginites pré-natais, bem como oferecer cuidados perineais especiais às mulheres que tiveram vulvovaginites pré-natais e àquelas que tiveram ou estão grávidas de um bebé de grande porte.

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