Tommaso Generali, Kasra Azarnoush, Emeline Durieux, Xavier Armoiry, Jean Ninet e Roland Henaine
Enquanto a vasculite da artéria temporal superficial (STA) é tipicamente uma doença de idosos, o aneurisma espontâneo da STA em crianças é anedótico e geralmente causado por uma vasculite subjacente. Desde 1948, cerca de 40 casos foram listados na literatura e apenas 6 deles com menos de 18 anos. Três formas principais foram classificadas: arterite temporal juvenil, arterite típica de células gigantes e envolvimento da artéria temporal secundário à vasculite sistêmica. Relatamos um caso raro de aneurisma da STA em um paciente de 8 anos já conhecido pelo tratamento cirúrgico de uma coarctação aórtica. O paciente era assintomático, o exame clínico não apresentava alterações e nenhum traumatismo, febre, artralgias ou episódios infecciosos recentes foram relatados. Nenhuma coarctação residual na ecocardiografia. O eco-Doppler colorido da STA sugeriu arterite temporal juvenil, mostrando uma dilatação de 5,4 x 8,7 mm. A varredura Doppler dos outros distritos foi normal. Na ressonância magnética cerebral, uma dilatação em forma de fuso sobre a STA esquerda foi confirmada sem outras anomalias intracranianas. A angio-TC toracoabdominal era normal em toda a aorta e no nível das artérias viscerais. Os exames de sangue não apresentaram alterações. Uma biópsia da STA esquerda foi realizada sob anestesia geral: um verdadeiro aneurisma da artéria (1,5×8 mm) foi ressecado. No exame anatomopatológico, nem células epitelioides nem grandes foram encontradas, mas uma infiltração linfocítica foi detectada ao redor do vasa vasorum. A vasculite isolada da STA em indivíduos jovens resulta em achados, gatilhos patogênicos e manifestações clínicas diferentes daqueles que afetam os idosos. O diagnóstico é muito importante para direcionar a estratégia terapêutica apropriada e deve incluir avaliação histopatológica.