Vassilis K, Matsopoulos G, Georgakopoulos J, Kalogeropoulos T, Platoni K, Asimakopoulos C, Beli I, Pantelakos P, Zygogianni A, Kouvaris J e Kelekis N
O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade da implementação transperineal do balão biocompatível (Prospace®), bem como a garantia da qualidade do procedimento em termos de estabilização anatômica do implante e reprodutibilidade dos parâmetros de tratamento durante a radioterapia. Entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, dez pacientes diagnosticados com câncer de próstata localizado de baixo risco, GS < 7, PSA < 10, cT1-2, foram tratados com radioterapia conformada tridimensional externa (3DCRT). Antes do início do tratamento, o balão Prospace® foi implantado por um procedimento minimamente invasivo, através do períneo no espaço intermediário entre o reto e a próstata. Todos os pacientes foram submetidos à 3DCRT com 76-78 Gy em 38-39 frações diárias (2,0 Gy/fração). Avaliamos a estabilização do implante examinando por Tomografia Computadorizada sua posição logo após o implante e três semanas após o início do tratamento, usando técnica de registro não rígido. Também avaliamos a toxicidade aguda de acordo com os critérios de toxicidade de radiação EORTC/RTOG e também de acordo com a escala Subjective-RectoSigmoid (S-RS) baseada na terminologia endoscópica da Organização Mundial de Endoscopia Digestiva, bem como a dor relacionada à implementação do Prospace de acordo com o Visual Analogue Score (VAS). Usando técnicas de registro, o dispositivo Prospace foi considerado estável em TCs sequenciais com deslocamentos dos eixos x, y, z de até 2,1 mm, 3 mm e 2,2 mm, respectivamente. A pontuação média do VAS relacionada ao Prospace foi de 1,4 (± 0,5) e a pontuação média da toxicidade retal de acordo com a pontuação S-RS foi de 1,9 (± 0,6). A implementação do PROSPACE é viável. A posição do implante é relativamente estável. O procedimento é minimamente invasivo, sem efeitos colaterais registrados. A incidência de toxicidade gastrointestinal (GI) e geniturinária (GU) aguda relatada pelo paciente, bem como achados da retossigmoidoscopia flexível, após alta dose de 3DCRT após o implante prospace, foram baixos. O estudo está em andamento e mais resultados com dados analisados de mais pacientes serão relatados.