Katarína Čurová, Marta Kmeťová, Radka Vargová, Viera Lovayová e Leonard Siegfried
A Escherichia coli patogénica extraintestinal (ExPEC) é um dos principais agentes etiológicos das infeções da corrente sanguínea causadas por bacilos Gram-negativos. A patogenicidade do ExPEC deve-se à presença de genes localizados em plasmídeos ou cromossomas que codificam fatores de virulência. Os fatores de virulência da E. coli como adesinas, toxinas, invasinas são capazes de modificar o metabolismo da célula hospedeira, contribuindo para doenças. Neste estudo, 80 estirpes de E. coli foram isoladas por hemocultura de doentes septicémicos e examinadas por reação em cadeia da polimerase para identificar os genes dos fatores de virulência que codificam as toxinas e determinar o grupo filogenético. Caracterizámos genes que codificam 3 tipos diferentes de toxinas: α-hemolisina (hlyA), fator necrosante citotóxico tipo 1 (cnf1) e cinco subtipos de toxinas distensoras citoletais (cdt-I a cdt-V). 23,75% das estirpes de E. coli continham o gene cnf1 e 22,5% hlyA. Os genes cdt-I e cdt-IV foram detectados em 1 das 80 estirpes. A classificação filogenética mostrou que as estirpes de E. coli se enquadram em 4 grupos (A, B1, B2, D) com base na deteção por PCR (genes chuA e yjaA e fragmento de ADN TSPE4.C2). Os ExPEC virulentos pertencem principalmente aos grupos B2 e D. Os nossos resultados confirmaram este facto: 56% das estirpes de E. coli pertenciam ao grupo B2 e 24% ao grupo D.