Abstrato

Distúrbios da tiroide no Brasil: o contributo do Estudo Longitudinal Brasileiro de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil).

Isabela M. Benseñor

Situação do problema:  Os distúrbios da tiroide são doenças comuns, tanto no Brasil como no mundo . O Estudo Longitudinal Brasileiro de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) é um estudo de coorte prospetivo que investiga doenças cardiovasculares, diabetes e fatores associados, incluindo fatores de risco cardiovascular não clássicos, como a função tiroideia. A função tiroideia foi classificada de acordo com a hormona estimulante da tirotrofina (TSH), tiroxina livre (T4L) e uso de medicamentos para o tratamento de distúrbios tiroideus, após exclusão dos participantes que referiram o uso de qualquer medicamento que pudesse alterar os resultados dos testes de TSH e T4L. Todas as análises incluídas nesta revisão são transversais utilizando dados de base (2008 a 2010). Prática clínica: Os resultados mostraram uma associação de distúrbios subclínicos da tiroide com biomarcadores de aterosclerose subclínica, medidos pela espessura íntima-média da carótida e cálcio da artéria coronária, resistência à insulina, síndrome metabólica e alguns distúrbios psiquiátricos. Não foi encontrada qualquer associação com o biomarcador de inflamação proteína C reativa de alta sensibilidade, ou alterações na velocidade da onda de pulso ou na variabilidade da frequência cardíaca. Mais do que isso, o TSH baixo está associado a um pior desempenho num teste de função executiva em adultos de meia-idade sem disfunção tiroideia evidente. O estudo fornece ainda informação sobre a distribuição de anticorpos antitiroperoxidase positivos (TPOAb) entre o sexo, raça, idade e função tiroideia. Os nossos resultados estão em linha com a prevalência mundial de TPOAb positivo reportada em áreas com quantidade suficiente de iodo. Nas mulheres, a presença de ATPO relacionou-se com todo o espectro de disfunção tiroideia, enquanto nos homens relacionou-se apenas com a ocorrência de doença tiroideia manifesta. Conclusão e significância: Os nossos resultados sugerem que os distúrbios subclínicos da tiroide e os quintis de TSH estavam associados à aterosclerose subclínica. Os nossos níveis de TPOAb confirmam a situação do Brasil em relação à ingestão de iodo como suficiente

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