Marco Pradela*
Os laboratórios médicos são talvez a maior indústria de medição do mundo. A terminologia metrológica é relevante para uma comunicação eficaz e eficiente, especialmente quando as atividades metrológicas são realizadas por operadores com diferentes competências metrológicas. A WASPaLM e a SIPMeL tiveram algumas oportunidades de propor alterações aos documentos em preparação ao Clinical & Laboratory Standards Institute (CLSI) e à Organização Internacional de Normalização (ISO), de forma a harmonizar a terminologia com o Vocabulário de Metrologia (VIM). Muitas propostas foram aceites. Aqui resumimos alguns pontos particularmente críticos para os termos metrológicos. Os principais termos discutidos são: Medição, intervalo de medição, exame, pré-exame, pós-exame, fabricante, instrumento de medição, quantitativo, qualitativo, semiquantitativo, processamento, erro de medição, erro máximo permitido de medição, erro total de medição , monitorização, variabilidade, desempenho, fiabilidade, influência, interferência, seletividade, sensibilidade, limite de deteção, fiabilidade, comparabilidade, compatibilidade e material de controlo. Apesar de todos os esforços para coordenar terminologias, é inevitável que continuem a ser utilizadas terminologias sobrepostas e inconsistentes, porque os documentos e as políticas são produzidos em contextos diferentes. Em alguns documentos ISO e CLSI, observam-se fenómenos de atração magnética por palavras comuns (como “análise” e derivadas), sem qualquer consideração do verdadeiro significado metrológico. Os grupos de trabalho ISO e CLSI evidenciam, a par de momentos de abertura, fenómenos de verdadeiro conservadorismo auto-referencial.