Ana Maria Mach Queiroz, Clarisse Lopes de Castro Lobo, Emília Matos do Nascimento, Basílio de Bragança Pereira, Claudia Regina Bonini-Domingos, Gilberto Perez Cardoso e Samir K Ballas
A supressão da eritropoiese pela terapia com Hidroxiureia (HU) está associada ao aumento do volume corpuscular médio, além do aumento da Hb F. O monitoramento dos valores do volume corpuscular médio e a presença de macrocitose são ferramentas eficazes de adesão ao tratamento com HU em pacientes com anemia falciforme. O objetivo deste estudo é monitorar os valores do volume corpuscular médio após o início do tratamento com HU para determinar se a macrocitose pode ser usada como um marcador substituto da adesão à terapia. Conduzimos um estudo de coorte prospectivo ao longo de um ano com medições de hemograma e volume corpuscular médio após o início da terapia com HU em 95 pacientes com anemia falciforme que foram acompanhados regularmente em nossa unidade ambulatorial. Em um ano de uso bem-sucedido de HU, o valor médio do volume corpuscular médio aumentou significativamente. O modelo de Andersen e Gill demonstrou que o aumento de uma unidade de VCM implica uma redução de 5% no risco de visita ao pronto-socorro. O monitoramento dos valores do volume corpuscular médio após a prescrição de HU alerta o provedor sobre a não adesão, a fim de aconselhar o paciente em questão para melhor adesão ao uso de HU, o que pode melhorar a qualidade do atendimento e reduzir a morbidade e a frequência de crises de dor aguda e os custos de saúde associados.