Anouar Abidi*
A retinopatia é uma doença complexa que afeta o olho em diferentes idades e cujos fatores etiológicos são múltiplos (diabetes, doenças cardiovasculares e nervosas, inflamação). As consequências desta última são, em primeiro lugar, dificuldades na detecção da luz ao nível do olho e que podem evoluir até causar cegueira. Estudos recentes confirmaram uma relação direta entre retinopatia e senescência, estas descobertas abriram perspetivas motivadoras para orientar as linhas de investigação a fim de traçar um tratamento eficaz contra esta doença. As principais hipóteses de apoio visam, em primeiro lugar, travar a angiogénese destrutiva na retina, compreendendo os mecanismos envolvidos e intervindo adequadamente para os reverter através da eliminação das células senescentes e contrariando a inflamação desencadeada, uma das principais características da retinopatia.
Ensaios terapêuticos recentes para avaliação de diferentes tratamentos possíveis para retinopatia são baseados em modelos animais experimentais.
Com base em estudos experimentais in vivo (em camundongos ou ratos) reproduzindo retinopatia em humanos, ensaios terapêuticos testando várias substâncias sozinhas ou em combinação, e monitoramento, em particular no nível molecular e genético, as descobertas que os cientistas poderiam fazer para oferecer uma cura eficaz para esta doença que afeta uma grande população em todo o mundo. Além disso, trabalhar neste contexto seria benéfico até mesmo para outras doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, doenças nervosas e todos os tipos de patologias relacionadas à angiogênese e senescência. Finalmente, atingir o controle da senescência não é apenas um objetivo da cura da retinopatia, este comportamento fisiológico é essencial para todos os seres vivos, parar o envelhecimento é simplesmente uma extensão da vida no nível celular ou de todo o organismo.