Evangelos Koumentakos
O actual debate sobre a acção climática é duplo e inclui
a mitigação e a adaptação às alterações climáticas. No entanto,
na maioria das vezes, nas discussões, nas políticas e na
acção real como implementação dessas políticas, a redução das emissões
tem prioridade em detrimento da adaptação. Embora do
ponto de vista teórico este dualismo só seja possível como distinção/
separação, parece que na prática a questão da
unidade primordial está completamente esquecida. Esta abordagem prática
à questão do dualismo entre mitigação e adaptação
está intimamente ligada à interpretação predefinida da tecnologia.
É possível orientar a tecnologia de uma forma que esteja em conformidade
com as origens do dualismo mitigação/adaptação como
singularidade, no sentido da composição e colaboração em vez da
competição e do antagonismo, alargando a nossa perspectiva a
fim de incluir o mundo não apenas como uma reserva permanente a ser
explorada, mas dentro dos seus limites naturais. Este comportamento criativo
pode libertar a ciência da sua actual posição dominante
face à terra, à humanidade, e guiar as nossas sociedades para mais perto
da essência humana como uma simbiose com a natureza.