Abstrato

Os desafios na inscrição e retenção de mulheres africanas em ensaios clínicos: um estudo piloto na Nigéria

Chukwuneke FN, Ekwueme OC, Ezeonu PO, Onyire BN e Ifebunandu N

Enquadramento: As dificuldades de recrutamento e retenção de mulheres africanas na investigação biomédica não podem ser subestimadas. Apesar da distribuição epidemiológica e de género do fardo das doenças em África, as mulheres raramente participam na investigação biomédica, especialmente em ensaios clínicos. Este artigo examina criticamente os desafios envolvidos no recrutamento e retenção de mulheres africanas em ensaios clínicos, utilizando um estudo piloto na Nigéria.
Métodos: Realizamos um estudo piloto através de um questionário semiestruturado autoadministrado sobre o conhecimento, restrições e vontade das mulheres em participar em ensaios clínicos. As mulheres que frequentavam clínicas de obstetrícia e ginecologia em ambulatório na Nigéria foram as participantes. Os dados recolhidos foram convertidos em valores numéricos para geração de análise estatística.
Resultados: Dos 200 questionários distribuídos, 172 foram devolvidos de forma anónima, representando uma taxa de resposta de 86%, que foram utilizados na análise dos dados. Oitenta e dois (47,7%) estavam dispostos a participar dependendo do tipo de ensaios, enquanto 60 (35%) estavam preocupados com a compensação monetária. A maioria dos inquiridos (p < 0,05) foi da opinião que os seus maridos e famílias devem apoiá-los antes de poderem participar.
Discussão e Conclusão: Este estudo mostrou que o conhecimento e a educação desempenham um papel importante na motivação das mulheres para participarem em ensaios clínicos em África, enquanto os laços familiares e as barreiras culturais são um impedimento à sua participação. Isto exige uma campanha de sensibilização para enfatizar não só a necessidade da participação das mulheres nos ensaios clínicos, mas também o estabelecimento de medidas protectoras e educativas adequadas para aqueles que desejam participar numa sociedade dominada pelos homens como a Nigéria.

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