Wilson Carlos Wilson
As moscas tsé-tsé (Diptera: Glossinidae) são os principais vetores importantes dos tripanossomas, que causam nagana ou Tripanossomíase Animal Africana (AAT) e Tripanossomíase Humana Africana (HAT) ou doença do sono. A doença afecta a maioria das comunidades rurais da África Subsariana (ASS), onde afecta tanto a saúde humana como a animal, bem como a produção agrícola. Devido aos custos mais elevados do tratamento da doença, ao risco de resistência aos medicamentos, aos efeitos residuais dos insecticidas no ambiente e à falta de vacinas eficazes, o controlo da mosca tsé-tsé continua a ser o método mais eficiente e sustentável para controlar a tripanossomose. Entre os métodos de controlo existentes disponíveis, a utilização da Técnica do Insecto Estéril (SIT) no âmbito da técnica de gestão integrada de pragas em toda a área (AW-IPM) tem sido bem sucedida na maioria das áreas. Além disso, a integração do SIT com fungos entomopatogénicos (EPF) e a autoesterilização utilizando reguladores de crescimento de insetos (IGR) parece ser o método mais eficiente e sustentável para suprimir a população de moscas tsé-tsé. Neste ensaio, examino os métodos atuais que envolvem o controlo biológico integrado da mosca tsé-tsé e discuto a eficácia e as estratégias para a sua utilização, de forma a suprimir a população tsé-tsé.