Michael J. Herring, Sharon L. Hale, Jianru Shi, Peyman Mesbah Oskui, Gregory Kay e Robert A. Kloner
Introdução: Um número crescente de homens está a utilizar testosterona exógena (T) para tratar o hipogonadismo e melhorar o desempenho atlético. No entanto, alguns estudos sugeriram que o T aumentou os eventos cardiovasculares adversos. Embora tenha sido demonstrado que o T aumenta a apoptose, o seu efeito no tamanho total do enfarte agudo do miocárdio (EM) é amplamente desconhecido. A nossa hipótese é que o T poderia aumentar o tamanho do IM.
Material e Métodos: Os coelhos machos receberam uma injeção intramuscular de T (50 mg/kg) ou solução salina uma semana antes de receberem 30 minutos de oclusão da artéria coronária/3 horas de reperfusão da artéria coronária.
Resultados: Os níveis de T no grupo tratado foram superiores aos do grupo controlo: 15 ± 1 ng/mL T (n=18) versus 1 ± 1 ng/mL controlo (n= 20, P<0,01). O tamanho anatómico do IM (coloração com tetrazólio) expresso em percentagem da zona de risco isquémico (técnica do corante azul) foi semelhante em ambos os grupos: 37 ± 3% nos controlos e 37 ± 5% no grupo T (P = 0, 96). T encurtou significativamente o intervalo QTc em 9% (P = 0,03).
Conclusões: Os níveis suprafisiológicos de T não aumentaram o tamanho do enfarte. T encurtou o intervalo QTc, o que pode criar um substrato antiarrítmico.