Carlos E Costa Almeida
Introdução: A cirurgia endoscópica subfascial de perfuração (SEPS) é uma técnica minimamente invasiva para tratar
veias perfurantes incompetentes. Perfurantes incompetentes estão implicados em úlceras venosas e na recorrência de veias varicosas. O fechamento completo de todas as veias perfurantes é o único preditor de cicatrização de úlceras. A análise dos nossos resultados é o objetivo deste estudo.
Métodos: Cinquenta (50) pacientes com veias perfurantes incompetentes foram submetidos a SEPS unilateral. Pacientes da classe CEAP C2-C6 foram incluídos. Taxa de cicatrização de úlcera, taxa de recorrência de úlcera e taxa de complicações foram analisadas.
Resultados: A distribuição da CEAP foi: C1–0; C2–5; C3–20; C4–11; C5–2; C6–12. Uma taxa de cicatrização de úlcera de 92% (11/12) foi encontrada em 6 meses, com uma média de 2,5 meses até a cicatrização completa. Apenas um paciente sofreu recorrência de úlcera (9%). Complicações ocorreram em 4 pacientes (8%), incluindo 2 casos de infecção do sítio cirúrgico (4%).
Discussão: SEPS tem uma taxa de cicatrização de úlcera melhor do que outras técnicas de ablação de perfurantes. Nossos dados correspondem aos dados de outros estudos. A inclusão de pacientes submetidos a SEPS mais remoção de GSV e pacientes submetidos apenas a SEPS pode trazer algumas dúvidas sobre o papel de SEPS na cicatrização de úlceras. No entanto, dos pacientes tratados apenas com SEPS, a maioria deles já havia sido submetida à remoção de GSV no passado e agora eram tratados devido ao desenvolvimento de úlcera venosa e recorrência de varizes.
Conclusão: Esses dados apoiam a importância de SEPS no tratamento de veias perfurantes e o papel hemodinâmico de perfurantes no desenvolvimento de úlcera venosa e recorrência de varizes.