Dayana Ribeiro, Fernanda Alves Dorella, Luis Gustavo Carvalho Pacheco, Núbia Seyffert, Thiago Luiz de Paula Castro, Ricardo Wagner Dias Portela, Roberto Meyer, Anderson Miyoshi, Maria Cecília Rui Luvizotto e Vasco Azevedo
A linfadenite caseosa (CLA), causada por Corynebacterium pseudotuberculosis, é uma doença contagiosa crónica que afeta os pequenos ruminantes e ainda continua a ser um problema importante para muitos países produtores de borregos. Os animais são considerados clinicamente infectados quando ocorrem abcessos nos gânglios linfáticos superficiais. Pode coexistir a forma visceral ou interna sem sinais clínicos aparentes de infecção. O melhor procedimento para evitar a propagação da doença é a eliminação dos animais infectados. No entanto, como a natureza crónica e subclínica da infecção por CLA são necessários métodos alternativos para detecção e rastreio. Neste estudo, descrevemos a realização do ensaio imunoenzimático indireto (ELISA) para o diagnóstico de CLA em ovinos assintomáticos. Além disso, a cultura de teste e a identificação bioquímica foram realizadas para confirmar a infeção por CLA. O diagnóstico serológico foi realizado em ovinos sintomáticos (n=50) e assintomáticos (n=374) de nove rebanhos. A análise reportou uma elevada positividade de 71% para ELISA em 85% dos animais assintomáticos para CLA com uma sensibilidade de 88% e uma especificidade de 31%. Os resultados do teste ELISA em animais assintomáticos versus cultura para linfadenite caseosa foram mais específicos (97%) e permitiram excluir animais saudáveis e sem sintomas. Este estudo concluiu que a infeção por C. pseudotuberculosis pode estar amplamente disseminada nos rebanhos ovinos da região noroeste do estado de São Paulo, Brasil e apenas um teste de rastreio não é suficiente. A associação com o teste ELISA indirecto e a cultura poderá indicar melhor o real problema do CLA nos rebanhos ovinos.