Hargovind Trivedi, Aruna Vanikar, Himanshu Patel, Vivek Kute e Shruti Dave
Enquadramento: A terapia com células estaminais (SCT) tem resultados encorajadores na indução de tolerância no transplante renal de dador vivo (LDRT). As células T-reguladoras [CD4+CD25highCD127neg/low] promovem a tolerogenicidade. Relatamos a experiência inicial de LDRT utilizando SCT com Tregs.
Material e métodos: Neste estudo prospetivo de 3 grupos demograficamente bem equilibrados de 30 doentes LDRT cada, o grupo 1 foi submetido a infusão de células estaminais hematopoéticas (HSC) de dadores e células estaminais mesenquimais derivadas de tecido adiposo (AD-MSC) em células tímicas e circulação portal sob condicionamento não mieloablativo pré-transplante e infusão de Treg pós-transplante, o grupo 2 recebeu apenas SCT e o grupo 3 foi transplantado com imunossupressão tripla padrão. Os Tregs foram derivados de AD-MSC doador co-cultivado e de células mononucleares periféricas recetoras. A imunossupressão de manutenção foi dose baixa de Tacrolimus + prednisona nos grupos 1 e 2.
Resultados: A média de CD34+ infundido (N x106/kgPV) foi de 2,7 no grupo 1, 2,2 no grupo 2, ADMSC (N x104/ kgPV), 1,37 no grupo -1 e 1,34 no grupo 2, e as Tregs (N x104/kgPV) foram de 2,21. Não se verificaram efeitos adversos do SCT. No seguimento médio de 19,34 meses no grupo 1 e 20,6 meses no grupo 2, verificou-se 100% de sobrevivência do doente + enxerto. No grupo 3, durante um seguimento médio de 20,55 meses, verificou-se 100% de sobrevivência do doente e 93,3% de sobrevivência do enxerto. A média da creatinina sérica (mg/dL) foi de 1,35, 1,4 e 1,3, respetivamente. Registaram-se 2 episódios de rejeição aguda no grupo 1, 5 no grupo 2 e 7 no grupo 3, e 1 rejeição crónica no grupo 3. A gravidade foi maior no grupo 3. As Tregs na periferia foram de 3,63% no grupo 1, 3% no grupo 2 e 1,9% no grupo 3.
Conclusão: As Tregs apoiam o TCT na minimização segura da imunossupressão no LDRT.