Zhiyong Zhao
A diabetes mellitus no início da gravidez é a doença materna mais grave, sendo contabilizada em 10% dos recém-nascidos com defeitos estruturais. Com o rápido aumento do número de mulheres diabéticas em idade fértil, prevê-se que a taxa de defeitos congénitos aumente drasticamente. Assim, a prevenção das malformações embrionárias torna-se uma tarefa urgente. Estudos em animais revelaram um envolvimento do stress oxidativo na embriopatia diabética e o tratamento com antioxidantes pode reduzir as anormalidades embrionárias. No entanto, o fracasso dos ensaios clínicos utilizando antioxidantes eliminadores de radicais livres para aliviar doenças relacionadas com o stress oxidativo leva os investigadores a reavaliar a estratégia na prevenção de defeitos congénitos. A hiperglicemia também perturba outras homeostasia intracelular, gerando condições aberrantes. O dobramento perturbado das proteínas recém-sintetizadas provoca a acumulação de proteínas desdobradas e mal dobradas no lúmen do retículo endoplasmático (RE). O RE sob stress ativa cascatas de sinalização, conhecidas como resposta proteica desdobrada, para suprimir a mitose celular e/ou desencadear a apoptose. O stress do RE pode ser melhorado por acompanhantes químicos, que promovem o enovelamento das proteínas. A hiperglicemia também estimula a expressão da sintase 2 do óxido nítrico (NO) (NOS2) para produzir níveis elevados de NO e espécies reativas de azoto e aumentar a nitrosilação e nitração das proteínas, resultando em stress nitrosativo. Foi demonstrado que a inibição da NOS2 utilizando inibidores reduz as malformações embrionárias em animais diabéticos. Portanto, direcionar o RE e as condições de stress nitrosativo utilizando agentes específicos para prevenir defeitos congénitos em gravidezes diabéticas justifica investigações adicionais. Visar simultaneamente múltiplas condições de stress utilizando agentes combinados é uma abordagem potencialmente eficaz e viável.