Jorge F António
A reciclagem de estrume animal poderia ser explorada na produção agrícola para o cultivo de hortícolas, de forma a reduzir a dependência de fertilizantes inorgânicos. A rúcula (Eruca sative) e a mostarda (Brassica juncea) foram cultivadas em delineamento de blocos completos casualizados (RCBD) sob quatro práticas de gestão do solo: 1) controlo (solo sem cobertura morta e não tratado); 2) lamas de esgoto; 3) estrume de cavalo; e 4) estrume de galinha. O composto de lamas de esgoto elevou as atividades de urease e invertase do solo, indicando um aumento das atividades microbianas do solo. As atividades enzimáticas totais do solo foram significativamente (P <0,05) mais elevadas no solo corrigido com lamas de esgoto em comparação com o solo nativo sem cobertura morta. Pode concluir-se que o lodo de esgoto e o estrume de galinha aumentaram a fertilidade do solo e as atividades da urease e da invertase do solo poderiam ser utilizadas como indicador da atividade biológica do solo após a adição de corretivos do solo. Esta investigação revelou que o solo incorporado com lamas de esgoto ou estrume de cavalo promoveu a produção de biomassa de rúcula e mostarda em 26 e 21%, respetivamente, em comparação com o solo nu sem cobertura morta. As tendências futuras da produção agrícola deverão fazer uma boa utilização dos recursos naturais para reduzir a dependência dos fertilizantes sintéticos.