Rabia Johnson, PhiwayinkosiVusi Dludla, Christo John Frederick Muller, Faghri February e Johan Louw
As culturas primárias in vitro de cardiomiócitos isolados de ratos adultos estão a tornar-se um modelo cada vez mais popular para estudar os stressores do músculo cardíaco. Este modelo pode ser facilmente manipulado num ambiente controlado e os resultados obtidos podem fornecer informações valiosas sobre a fisiopatologia das doenças cardíacas. Nos últimos anos, foram descritas várias metodologias melhoradas no desenvolvimento de uma técnica robusta para ajudar a manter os cardiomiócitos em cultura. No entanto, apesar destes avanços, a cultura de cardiomiócitos primários continua a ser um desafio. Neste estudo, apresentamos um método simples, mas reprodutível, para o isolamento e cultura de cardiomiócitos viáveis em forma de bastonete. Os cardiomiócitos foram mantidos em Meio 199 suplementado com ou sem soro bovino fetal. A sua viabilidade foi avaliada utilizando azul de tripano enquanto a actividade metabólica foi medida através de um ensaio de adenosina 5’-trifosfato. Os resultados obtidos neste estudo foram utilizados para fornecer orientações gerais para evitar armadilhas relacionadas com o baixo rendimento de cardiomiócitos e subsequente baixa culturabilidade de cardiomiócitos. Os cardiomiócitos isolados cultivados na presença de soro fetal bovino mantiveram a sua morfologia estriada em forma de bastonete in vitro durante 72 horas em cultura, após o que se achataram e espalharam. Já os cardiomiócitos cultivados na ausência de soro fetal bovino permaneceram em forma de bastonete até 120 horas.