Mendon Brocea
A Neuropsicologia Forense é uma nova e em rápida evolução subespecialidade da neuropsicologia clínica que aplica
os princípios e práticas neuropsicológicas a questões relacionadas com a tomada de decisões jurídicas. Os neuropsicólogos forenses
fornecem ao investigador informação especializada sobre as relações cérebro-comportamento. A
principal responsabilidade do neuropsicólogo forense é fornecer informação baseada em
princípios neuropsicológicos cientificamente validados e metodologia clínica que sejam pertinentes para a questão forense em causa – que
não é apenas se o paciente tem disfunção, mas se a disfunção resulta do evento em
consideração. Para melhor responder à questão forense, o neuropsicólogo deve utilizar uma metodologia que tenha sido
validada cientificamente em indivíduos com deficiência cerebral e consiga distinguir várias condições cerebrais entre si, bem como
da variação normal. A metodologia deve ser capaz de determinar se alguma disfunção encontrada é, de facto,
o resultado de uma condição neurológica, por oposição a distúrbios não neurológicos, psicológicos ou mesmo factícios. Este
artigo discute a metodologia neuropsicológica no contexto da aplicação forense e os requisitos do
processo legal e ilustra estas questões com exemplos de casos.