Sujendran S, Senarath U e Joseph J
Resumo
Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de nanismo entre crianças de 6 a 36 meses e descrever os fatores subjacentes e as práticas alimentares de bebês e crianças pequenas em dois distritos da Província Oriental do Sri Lanka.
Metodologia: Uma pesquisa quantitativa transversal foi conduzida nos distritos de saúde de Batticaloa e Kalmunai da Província Oriental no Sri Lanka de julho a dezembro de 2013. Uma amostra de 1400 crianças foi identificada usando um método de amostragem por conglomerados estratificados, e os dados foram obtidos de mães ou cuidadores usando um questionário administrado por entrevistador. Medidas antropométricas foram tomadas usando procedimento e equipamento padrão. O nanismo foi definido como a proporção de crianças cujo escore Z de altura para idade foi menor que -2 de acordo com os padrões de crescimento da OMS.
Resultados: A prevalência de nanismo foi de 16,8% (IC 95%; 14,1, 18,0) entre as crianças de 6 a 36 meses, na Província Oriental do Sri Lanka. A prevalência de emagrecimento foi de 21,5% (IC 95%; 18,8, 24,3) e o baixo peso foi de 27,2% (IC 95%; 19,8, 28,7) nessa faixa etária. Os meninos apresentaram mais nanismo (20,3% (IC 95%; 16,1, 24,2)) do que as meninas (14,0% (IC 95%; 9,6 e 16,5)). Os fatores subjacentes incluem: menor nível educacional dos pais (OR = 4,91, p = 0,048); menor renda familiar (OR = 1,48, p = 0,011); baixo peso ao nascer (OR = 1,28, p = 0,049); período de amamentação exclusiva menor que 6 meses (OR=2,29, p=0,041); práticas inadequadas de alimentação complementar (OR=1,51, p=0,048); visitas irregulares à clínica (OR=1,52, p=0,041) e não receber orientação do pessoal de saúde (OR=1,41, p=0,041).
Conclusão: A prevalência de nanismo entre crianças de 6 a 36 meses na Província Oriental é maior do que no resto do país. Práticas precárias de alimentação de bebês e crianças pequenas foram identificadas como um dos fatores modificáveis. A amamentação e as práticas de alimentação complementar precisam ser melhoradas por meio de um melhor comportamento alimentar das mães e/ou cuidadores.