Sisay Shine, Frew Tadesse, Zemenu Shiferaw, Lema Mideksa, Wubarege Seifu
Histórico: O nanismo é um dos problemas de saúde pública mais importantes na Etiópia, com uma estimativa de 44,4% das crianças menores de cinco anos de idade sendo nanistas. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e os fatores associados ao nanismo entre crianças de 6 a 59 meses na comunidade pastoral da Zona de Korahay, Estado Regional da Somália, Etiópia. Objetivo do estudo: Avaliar a prevalência e os fatores associados ao nanismo entre crianças de 6 a 59 meses na comunidade pastoral da Zona de Korahay, Estado Regional da Somália, Etiópia, 2016. Métodos: O delineamento de estudo transversal baseado na comunidade foi feito entre 770 crianças na comunidade pastoral da Zona de Korahay. Técnicas de amostragem sistemática foram usadas para selecionar domicílios e o par criança-mãe foi retirado de cada domicílio selecionado. Os dados foram coletados usando questionário pré-testado e estruturado. Razões de chances com intervalo de confiança de 95% foram usadas para avaliar o nível de significância. Resultado: A prevalência de nanismo entre crianças de 6 a 59 meses foi de 31,9%. Sexo (AOR: 1,47, IC 95% 1,02, 2,11), idade (AOR: 2,10, IC 95% 1,16, 3,80), escolaridade materna (AOR: 3,42, IC 95% 1,58, 7,41), ocupação materna (AOR: 3,10, IC 95% 1,85, 5,19), renda mensal (AOR: 1,47, IC 95% 1,03, 2,09), consultas de cuidados pós-natais (AOR: 1,59, IC 95% 1,07, 2,37), fonte de água (AOR: 3,41, IC 95% 1,96, 5,93), disponibilidade de banheiro (AOR: 1,71, IC 95% 1,13, 2,58), primeira mamada com leite (AOR: 3,37, IC 95% 2,27, 5,02) e alimentação com mamadeira (AOR: 2,07, IC 95% 1,34, 3,18) foram preditores significativos de nanismo. Conclusão e recomendações: A prevalência de nanismo entre crianças de 6 a 59 meses foi alta, 31,9%. Falta de educação materna, não alimentação com primeiro leite, abastecimento de água inseguro, indisponibilidade de instalações sanitárias e alimentação com mamadeira podem aumentar o risco de nanismo. Portanto, educar as mães sobre práticas de alimentação infantil, saneamento e importância do primeiro leite pode reduzir o nanismo.