Silvana Karacic, Ana Jelicic, Ivica Kamber e Luka Tomasevic
Existem poucas pesquisas que questionem o que significa “boa morte” em diversas populações e este conhecimento é importante especialmente na reabilitação de pessoas com stress pós-traumático. No âmbito da investigação sobre a percepção do termo “boa morte” entre os veteranos com PTSP no condado de Split-Dalmácia e Šibenik-Knin, colocámos apenas uma questão: o que significa para eles o termo “boa morte”?
Com a resposta a esta simples questão, surgem algumas categorias claras que sugerem alguns pontos potenciais que todos, especialmente os prestadores de cuidados de saúde, devem considerar ao tratar um veterano doente.
O encontro dos veteranos com a morte, a mortalidade pessoal e a morte dos camaradas ou a sua separação inicia um forte processo de mudança de mentalidade e de atitude perante a vida e a morte, que se reflecte sobretudo nas relações interpessoais. Uma pessoa fica mais sensível após a perda surpresa de um companheiro e mesmo que seja esperada a perda de uma pessoa querida em condições de guerra, surpreende sempre quem sobrevive. Um companheiro que sobrevive, vive a morte do companheiro como uma derrota pessoal e representa um fardo basicamente pelo desamparo que sente naquele momento.