Juan E. Trigo, Meritxell Mondéjar
As observações realizadas durante a primavera de 2014 em diferentes fazendas marinhas de salmão do Atlântico (Salmo salar Linnaeus, 1758) ao redor da ilha de Frøya (Sor–Trøndelag), Noruega, serviram para estabelecer as bases para um método totalmente natural e ecologicamente correto para remoção de copépodes parasitas do salmão, conhecidos como piolhos do mar.
O método é baseado em dois dados conhecidos: os diferentes estágios de desenvolvimento das larvas dos copépodes, algumas das quais são de vida livre como parte do plâncton, e a existência de invertebrados marinhos que se alimentam de plâncton e mais especificamente de zooplâncton, ou seja, a parte animal do plâncton onde se encontram as larvas dos copépodes.
Se combinarmos esses dois fatos, obtemos a ideia principal do método: introduzindo alimentadores de filtros de invertebrados marinhos em dispositivos especiais (patente pendente) dentro das gaiolas das fazendas marinhas, será necessário apenas deixar esses invertebrados realizarem sua função natural de alimentação com base em larvas de copépodes, ou seja, quando estiverem em sua fase mais vulnerável e na qual ainda não causaram danos ao salmão. Dessa forma, os piolhos do mar podem ser eliminados sem o uso de produtos químicos, medicamentos ou métodos que podem causar estresse desnecessário ao salmão nas fazendas marinhas.