Agossou J*, Noudamadjo A, Adédémy JD, Agbeille Mohamed F, Kpanidja MG, Zinvokpodo KM, Ahodégnon R
Introdução: Em países com alta mortalidade, como na África Subsaariana, aproximadamente metade das mortes neonatais são atribuíveis a infecções. Este estudo teve como objetivo investigar as tendências na frequência e letalidade de infecções neonatais no Hospital Universitário de Parakou (CHU-P), de 2010 a 2016.
Pacientes e métodos: Este trabalho de pesquisa é um estudo transversal e descritivo com coleta retrospectiva de dados realizado na Unidade Pediátrica do CHU-P durante o período de 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2016. Envolveu recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal durante o período do estudo. As principais variáveis foram relacionadas às infecções neonatais.
Resultados: Durante o período do estudo, foram registrados 6.204 recém-nascidos, incluindo 3.530 meninos e 2.674 meninas, ou seja, uma razão sexual de 1,32. A idade média dos recém-nascidos foi de 6,01 ± 5,39 dias. A frequência média de infecção neonatal (FNI) foi de 54,11%, oscilando entre 48,87% em 2010 e 56,91% em 2015. A taxa média de letalidade ou mortalidade foi estimada em 26,30%, com extremos de 21,12% em 2013 e 31,58% em 2012.
Conclusão: Mais de 5 em cada 10 crianças hospitalizadas na unidade de terapia intensiva neonatal entre 2010 e 2016 foram diagnosticadas com infecção neonatal e um em cada cinco recém-nascidos morreu por causa disso. Isso às vezes justifica o uso excessivo de antibióticos. Um estudo prospectivo com ferramentas de diagnóstico apropriadas é necessário para fazer um balanço do status real da infecção neonatal na unidade de terapia intensiva neonatal do hospital.