Ludovico da Silva P, Cestari do Amaral V, Cymrot R, Pereira Saeta BR e Blascovi-Assis SM
Introdução: Qualidade de vida é definida como a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Devido ao comprometimento motor, acredita-se que a população com paralisia cerebral tenha uma percepção diferenciada de qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo verificar o impacto da paralisia cerebral em crianças e adolescentes segundo a percepção de suas mães. A avaliação da qualidade de vida desses pacientes pode ser um importante indicador de saúde.
Métodos: Para tanto, participaram deste estudo um total de 43 mães de crianças e adolescentes com diagnóstico de paralisia cerebral. Após classificação da função motora grossa dos filhos, segundo o Gross Motor Function Classification System, as crianças foram divididas nos seguintes grupos: Leve; Moderado; e Grave. Para avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o Pediatric Quality of Life inventory (PedsQLTM 4.0) e, para avaliação do suporte social materno, o Social Support Questionnaire.
Resultados: O principal achado deste trabalho foi que houve diferença significativa entre os domínios físicos, onde quanto mais grave o comprometimento motor de um paciente, menor foi o escore do domínio físico da qualidade de vida do paciente. O número de pessoas dando suporte social mostrou-se maior para as mães que relataram pior qualidade de vida das crianças e adolescentes com paralisia cerebral participantes do estudo. Não houve diferença nos escores da qualidade de vida geral entre os grupos de estudo.
Conclusão: Com base em nossos achados, concluímos que a percepção da qualidade de vida das mães é independente do comprometimento motor de seus filhos em uma análise global.