Motta RG, Listoni FJP, Ribeiro MG, Bussolaro VAP, Link A, Almeida RP, Motta IG e Cappellozza BI
A ocorrência de mastites em éguas é baixa quando comparada com outras espécies pecuárias. Os microrganismos frequentemente isolados e detectados no leite e nas secreções da glândula mamária das éguas são o Streptococcus beta-haemolytica, o Staphylococcus spp., o Pseudomonas aeruginosa , o Actinobacillus spp., e o enterobacter . A presente experiência foi desenhada para avaliar os principais microrganismos presentes no leite de éguas saudáveis e com infecção mamária. Foram analisadas 110 glândulas mamárias de 55 éguas lactantes, variando entre os 15 e os 150 dias pós-parto. O diagnóstico da mastite foi realizado através da análise do leite através do teste de rastreio da caneca com fundo escuro (Tamis), inflamação da glândula mamária e/ou sinais sistémicos. A infeção subclínica da glândula mamária foi caracterizada através do California Mastite Test (CMT). Das 55 éguas lactantes, 2 (3,64%) apresentaram mastite clínica. Seguindo o CMT, as éguas apresentaram: 13 (23,60%), 7 (12,72%) e 12 (21,88%) notas de 1+, 2+ e 3+, respetivamente. Das 110 glândulas mamárias analisadas, em 47 (85,45%) destas amostras foram isoladas estirpes de microrganismos. Em resumo, os resultados da nossa experiência sugerem uma baixa ocorrência de mastite clínica em éguas lactantes.