Abdulazize Alshareedah e P. Sallis
A oxidação do metano de aterro depende de uma infinidade de fatores, alguns dos quais foram pesquisados em profundidade, enquanto outros requerem uma investigação mais aprofundada. Um dos factores, que não foi cuidadosamente analisado, é o factor tempo para os solos rejuvenescerem e começarem a oxidar o metano de forma eficiente. Utilizando um reactor descontínuo, amostras de solo, com pouca ou nenhuma exposição ao metano, foram comparadas com outras amostras que tiveram uma exposição contínua ao metano, em termos do tempo que levaram para permitir a mitigação metanotrófica eficiente do metano. Além disso, foi também investigado o efeito da disponibilidade e continuidade de oxigénio no fornecimento de nutrição às bactérias metanotróficas em relação aos tipos de solo e às condições de exposição do solo ao metano. Os resultados mostraram que o tempo de aclimatação foi um fator importante no estabelecimento de uma elevada atividade de oxidação do metano, tendo sido observados até quatro dias de atraso antes de se poder iniciar a oxidação do metano, como foi o caso das amostras de solo, previamente expostas ao metano. Isto é particularmente importante, uma vez que o aterro activo poderia durar vinte anos de operações activas e libertaria cerca de 2,1 a 2,8 x 104 MtCO2-eq por dia, por aterro de metano, na atmosfera, a nível global, se o intervalo de tempo fosse não controlado. O mais importante, porém, foi a disponibilidade de oxigénio nas camadas de cobertura dos aterros. O estudo mostrou que a mistura física das amostras por agitação mecânica durante a incubação poderia permitir que concentrações mais elevadas de oxigénio penetrassem no solo, aumentando as taxas de oxidação do metano, que foram aproximadamente duplicadas devido a esta ação. Além disso, verificou-se que se formava uma relação linear entre o consumo de metano e o tempo em que a concentração de oxigénio não era limitante para as bactérias.