João Agyei
A emigração assumiu importância como estratégia de subsistência das famílias e serve como seguro contra os riscos, tal como concebido pela Nova Economia do Modelo de Migração Laboral. Tendo em conta isto, os chefes de agregados familiares que empreendem a emigração mantêm ligações com os seus agregados familiares deixados para trás, independentemente da distância envolvida. Este artigo centra-se na dinâmica deste padrão migratório e nos efeitos das remessas resultantes no bem-estar daqueles que ficaram para trás. Os dados primários foram obtidos junto dos agregados familiares através de questionários, bem como de guias para entrevistas aprofundadas e discussão em grupos de foco. Uma técnica de amostragem em múltiplos estágios foi empregue na seleção de 150 agregados familiares. As conclusões indicam que a migração resulta em remessas que apoiam as famílias deixadas para trás. Verificou-se também que a maior parte das remessas é utilizada para consumo e não para investimento. O documento conclui, assim, que a emigração masculina é sobretudo uma estratégia de sobrevivência, uma vez que as remessas são utilizadas principalmente para satisfazer necessidades básicas.