Niege Silva Mendes, Meiriane Lopes da Costa, Tony de Paiva Paulino, Ferdinando Agostinho, Maisa Ribeiro, Raquel Loren dos Reis Paludo, Wellington Francisco Rodrigues e Camila Botelho Miguel
Após a descrição de um elemento com capacidade de combater os processos infecciosos originados por bactérias, inicia-se uma corrida pela sobrevivência entre a inter-relação das espécies, bacteriana e humana. Com a evolução técnico-científica, o homem foi capaz de sintetizar novas substâncias antibacterianas, por outro lado os mecanismos de evolução genética possibilitaram o surgimento de bactérias multirresistentes. Alguns desses organismos são frequentes no ambiente hospitalar e apresentam alta adaptabilidade a novos fármacos, como Staphylococcus aureus e Enterococcus spp. resistentes à oxacilina e vancomicina, considerados fármacos de escolha contra microrganismos multirresistentes. Assim, foi desenvolvida uma nova classe de antibióticos, superior à vancomicina e à oxazolidinona, a linezolida. Assim, o presente estudo teve como objetivo compreender o uso da linezolida na terapia medicamentosa contra bactérias multirresistentes. Para realizar este estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica dos últimos 10 anos. Em 2002, após a liberação do uso da linezolida como tratamento para processos infecciosos contra bactérias gram-positivas, este fármaco passou a ser comumente utilizado em todo o mundo. Da mesma forma, a pressão da seleção natural se destacou, e houve registros de cepas resistentes à linezolida. Como perspectivas para o controle de infecções causadas por essas cepas resistentes, foi aprovado pelo FDA em 2014 o uso de medicamentos com atividade anti-cepas resistentes à linezolida. No entanto, concluímos que, além do processo de seleção natural e variação genética, o comportamento humano em relação ao uso de antibióticos, aumenta a seleção de microrganismos resistentes ao antibiótico, incluindo a linezolida.