Rachel Shparberg, Natasha Braunsteiner e E. Russell Vickers
As terapias regenerativas baseadas em células estaminais são um campo interessante e emergente na medicina e na medicina dentária. Desde a década de 1960 que as terapias com células estaminais têm sido realizadas e aprovadas com sucesso sob a forma de transplantes de medula óssea e, mais recentemente, em enxertos de pele e córnea. No entanto, o campo da terapia celular regenerativa ficou um pouco paralisado devido a preocupações de segurança, éticas e legais associadas às práticas médicas e científicas. Na Austrália, as terapias com células estaminais, para além das acima referidas, são permitidas desde que sejam de natureza autóloga e que o procedimento seja realizado por ou sob a supervisão de um médico registado num único tratamento. No entanto, o médico não exige formação formal em células estaminais. Identificámos esta deficiência no atendimento ideal ao paciente e propomos que a educação na administração segura, legal e ética de tratamentos com células estaminais faça parte de um curso de formação obrigatório para médicos/odontologistas e para a equipa científica antes da utilização clínica de terapias com células estaminais na Austrália e, possivelmente, à escala global. Isto envolve que a equipa científica e médica tenha um conhecimento sólido da biologia das células estaminais, das suas aplicações apropriadas e da validação básica e das técnicas laboratoriais, a fim de fornecer um tratamento eficaz e seguro para melhores resultados para os pacientes. Como tal, este artigo tem como objetivo propor uma estrutura de diretrizes científicas para médicos e dentistas realizarem terapias com células estaminais.