Debebe Wordofa, Fikadu Nugusu Dessalegn, Tilahun Ermeko Wanamo*
O papel do colostro na promoção do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido, bem como no combate à infecção, é amplamente reconhecido. Na Etiópia, há diferenças culturais na aceitabilidade do colostro e na prevalência da alimentação com colostro. Embora a amamentação seja uma prática comum na Etiópia, há diferenças na conscientização, atitude e prática de mães grávidas em relação ao colostro.
Objetivo: Avaliar o conhecimento, atitude e prática em relação à alimentação com colostro entre mães grávidas que atendem cuidados pré-natais no Hospital de Referência de Goba, Zona de Bale, Região de Oromia, Sudeste da Etiópia.
Métodos: O desenho do estudo descritivo transversal com base institucional foi conduzido entre 275 mães grávidas no Hospital de Referência de Goba, Bale Zone e Região de Oromia, sudeste da Etiópia. A técnica de amostragem aleatória simples foi usada para selecionar os participantes do estudo. Os dados foram coletados usando questionários estruturados administrados por entrevistadores. Os dados foram inseridos e analisados usando o Statistical Packages for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Estatísticas descritivas; frequência e porcentagens foram calculadas, e o teste qui-quadrado foi computado para ver a associação entre algumas variáveis sociodemográficas e conhecimento, atitude e prática. O valor de p < 0,05 foi usado para declarar a presença de associação. O resultado foi apresentado por tabelas de frequência, gráficos, gráficos e porcentagem.
Resultado: Um total de 275 mães participaram deste estudo com uma taxa de resposta de 100%. Entre as participantes do estudo, 235 (85,5%) tinham conhecimento e 40 (14,5%) não tinham conhecimento. 69,8% das mães iniciam a amamentação na primeira hora após o parto. A maioria das mães, 202 (80,4%), teve uma atitude positiva em relação ao colostro. A maioria das mães, 190 (69,2%), deu colostro para seu último filho e as restantes (30,8%) descartaram colostro. A maioria das entrevistadas, 156 (57%), teve informações sobre o colostro de diferentes fontes, como televisão (TV) 66 (42,3%), profissionais de saúde 59 (37,8%), rádio 11 (7,1%) e parentes 3 (1,9%). Nível educacional, local de residência, renda mensal, local do parto, acesso a informações, presença de cuidados pré-natais e cuidados pós-natais tiveram associação com a prática de alimentação com colostro. Número de filhos, cuidados pré-natais e acesso a informações tiveram associação com o conhecimento sobre alimentação com colostro. Idade, residência, nível educacional, número de filhos e acesso a informações tiveram associação com a atitude em relação à alimentação com colostro.
Conclusão e recomendação: Embora o conhecimento e a atitude das mães pareçam maiores, ainda assim, lacunas foram vistas claramente. A prática das mães não é satisfatória porque elas acreditam que o colostro, como parte suja do leite, é proibido na cultura e causa cólicas abdominais e diarreia. É recomendado definir estratégias para promover a alimentação com colostro.