Luís Matturri, Anna Maria Lavezzi e Giuseppe Del Corno
Objetivo: Contribuir para a avaliação epidemiológica dos fatores de risco subjacentes à morte fetal inexplicada e à SMSL, conforme imposto pela Lei Italiana 31/2006, e uma avaliação mais equilibrada dos substratos morfológicos dessas mortes.
Métodos: Cinquenta e nove mortes fetais súbitas e 61 casos de SMSL foram comparados a 120 controles pareados selecionados aleatoriamente de crianças nascidas vivas de mães que viviam na mesma área de abrangência, para avaliar se uma ou mais variáveis exógenas poderiam promover morte inesperada. Exames anatomopatológicos aprofundados foram realizados nos sistemas nervoso autônomo e de condução cardíaca nas vítimas mortas.
Resultados: Prematuridade e tabagismo materno são fatores determinantes da mortalidade infantil. Em particular, mães que fumaram durante a gravidez apresentaram um aumento de duas vezes no risco de morte fetal súbita e SMSL em relação a mães que nunca fumaram. Além disso, a localização e a natureza de uma variedade de anormalidades congênitas específicas do sistema nervoso autônomo e do sistema de condução cardíaca foram destacadas como substratos morfológicos do mecanismo fisiopatológico da morte inesperada.
Conclusão: O tabagismo materno durante a gravidez está associado a um risco significativamente maior de mortalidade fetal inesperada e SMSL. Portanto, é importante promover campanhas de informação para reduzir o uso de tabaco, particularmente em mulheres jovens.