IA Simon-Oke e A. O Ade-Alao
Este estudo avaliou a prevalência da malária e do gene transportador resistente à cloroquina do Plasmodium falciparum (PfCRT) em doentes com VIH observados no Complexo Hospitalar Universitário da Universidade de Ciências Médicas, Akure. Este estudo foi realizado entre abril e junho de 2019. Foram envolvidos trezentos e dezassete (317) doentes atendidos na clínica de antirretrovirais (TARV), sendo 89 (28,08%) do sexo masculino e 228 (71,92%) do sexo feminino. O teste de VIH foi feito utilizando o kit de teste de VIH Unigold®, o teste de malária foi feito utilizando um esfregaço de sangue espesso e fino, o teste de CD4 foi feito utilizando o contador CD4 Partec® e a reacção em cadeia da polimerase ( PCR) foi utilizada para detetar a presença do gene mutante plasmodium falciparum. Os dados obtidos nesta análise foram submetidos ao teste do Qui-quadrado de Pearson. O resultado global mostrou uma baixa prevalência de malária (23,03%) nos doentes amostrados. A prevalência mais elevada de malária (31,0%) foi registada em doentes VIH com contagem de CD4 entre 200-500 células/µl de sangue, com os homens a registarem uma prevalência de malária de 24,7%. A faixa etária dos 20 aos 29 anos registou a maior prevalência de 27,3%. Registou-se uma maior prevalência de 91,1% do gene PfCRT nos doentes VIH positivos e (40,0%) nos doentes VIH negativos, com uma prevalência de 100 % em doentes com contagem de CD4 ≤200. Isto mostra que a baixa prevalência da malária registada neste estudo pode ser creditada à boa atitude de procura de saúde dos doentes com VIH e à qualidade dos centros de cuidados e tratamento do VIH. cloroquina ainda está a ser praticada apesar da disponibilidade da terapêutica combinada à base de artemisinina (ACTs) como regime recomendado para o tratamento da malária