Abayomi Al-Ameen
À medida que o aspeto comercial e de marketing do jogo continua a florescer, os jogadores de futebol começam a prestar mais atenção ao seu próprio valor comercial fora do “jogo bonito”. A imagem é particularmente importante para as personalidades do desporto, uma vez que estas tentam constantemente apresentar a sua personalidade da melhor forma possível, esforçando-se pela “perfeição”, a fim de aumentar a sua popularidade e comercialização. Além disso, com a comercialização generalizada dos meios de comunicação social, a radiodifusão desportiva tornou-se um grande negócio, tornando assim cada vez mais importante que as partes reivindiquem a sua parte. Esta forte comercialização do futebol tornou necessária uma revisão crítica da relação contratual entre os jogadores de futebol e os clubes. É normal que os clubes celebrem contratos de trabalho com os seus jogadores, nos quais seria exigido aos jogadores que consentissem que o clube utilizasse o seu nome, marca ou imagem para as suas atividades de marketing e comerciais. Por outro lado, os jogadores podem querer explorar o valor comercial da sua própria imagem e personalidade. Existe aqui um potencial conflito? Como são ou devem ser geridos os interesses individuais dos clubes e dos jogadores? No que diz respeito à Premier League inglesa, a resposta a esta questão dependerá fortemente da nossa leitura da Cláusula 4 do contrato-tipo da Football Association Premier League (FAPL), que detalha os direitos e deveres dos jogadores e dos clubes. Este artigo analisa as implicações dos acordos de direitos de imagem entre os clubes da Premier League e os seus jogadores de futebol e, consequentemente, verifica a justiça e a eficiência da negociação entre as partes e em relação às partes interessadas externas.