Rashmi Tripathi, Neeshma Jaiswal, Bechan Sharma e Sandeep K. Malhotra
De acordo com uma estimativa, as infecções crônicas causadas por certos patógenos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas, contribuem para cerca de 18% da carga global de câncer; infecções por helmintos são atribuídas a apenas uma pequena parte disso. A carcinogênese associada às infecções por helmintos induzidas pelo desenvolvimento de câncer é um evento complicado que envolve vários mecanismos diferentes, variando de uma espécie de parasita para outra. As infecções por parasitas evocam respostas imunes no hospedeiro que finalmente resultam em reações inflamatórias. Os processos inflamatórios crônicos produzem espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS). Esses radicais livres podem causar danos ao DNA, resultando em instabilidades genéticas e ocorrência de malignidade. Os parasitas ou seus ovos ou seus produtos excretores-secretores exibem potencial para induzir a proliferação de algumas células nos tecidos afetados que abrigam danos ao DNA. Os relatórios existentes indicam que infecções por helmintos podem desencadear câncer nos órgãos de sua infecção, por exemplo, Clonorchis sinensis e Opisthorchis viverrini podem induzir colangiocarcinoma (câncer de vesícula biliar e hepatocarcinoma) e Schistosoma haematobium e suas outras espécies são conhecidas por causar câncer de bexiga urinária. Em muitos casos de carcinogênese mediada por infecções por helmintos, o dano ao DNA por radicais livres ou respostas inflamatórias em tecidos hospedeiros danificados é demonstrado. Portanto, o conhecimento sobre os mecanismos de dano ao DNA mediado por helmintos pode ser de grande importância no gerenciamento de infecções por parasitas e na redução de incidências de câncer induzido por parasitas, melhorando assim a qualidade de vida humana. Este artigo apresenta um relato atualizado da genotoxicidade mediada por infecção por helmintos, mecanismos de dano ao DNA e consequências.