Dra. Maria de Lourdes Velázquez-Rueda
Enquadramento : A síndrome do túnel cárpico (STC) é a neuropatia dos membros superiores mais frequente. Os tratamentos que levam ao aprisionamento do nervo mediano no túnel cárpico são mais complicados e os resultados menos promissores e insatisfatórios em doentes diabéticos.
O objetivo deste estudo é comparar os resultados da força e função da mão em doentes saudáveis versus doentes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) com diagnóstico de STC antes e após a libertação aberta e endoscópica do túnel cárpico.
Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, retrospetivo e descritivo por um período de cinco anos onde avaliamos os resultados em doentes saudáveis e com DM2, com diagnóstico de STC que foram submetidos a tratamento cirúrgico por via aberta ou endoscópica; foi aplicado o questionário DASH, medidas finas de força de preensão e pinça, presença de infeção, dor e complicações.
Resultados : Os resultados dos 86 doentes avaliados mostraram associação estatística na diminuição dos escores da escala funcional DASH com ambas as abordagens, associação entre remissão de hipoestesias em doentes saudáveis com qualquer uma das duas abordagens em oposição aos doentes diabéticos e associação entre desenvolvimento DM2 e complicações a curto prazo.
Conclusão : Ambas as abordagens melhoram os sintomas e a função da mão em doentes saudáveis e diabéticos, mas o primeiro grupo apresentará casos de remissão completa em contraste com o grupo de doentes diabéticos