Alessandro Rettino e Nicole M Clarke
O IRF1 é um fator de transcrição envolvido na sinalização do interferão e demonstrou possuir atividade supressora tumoral. De forma a identificar de forma abrangente as vias reguladas pelo IRF1, utilizámos a imunoprecipitação da cromatina seguida de sequenciação paralela massiva (ChIP-seq) para avaliar os alvos genéticos do genoma do IRF1. Identificámos 17.416 eventos de ligação totais em células de cancro da mama. A categorização funcional dos locais de ligação após o tratamento com IFNgama (interferon-gama) determinou que a ‘apoptose’ ou ‘morte celular’ é o processo alvo mais enriquecido. A análise da descoberta de motivos das regiões cromossómicas ligadas ao IRF1 identificou uma série de motivos únicos correlacionados com apoptose, danos no ADN e processos imunitários. A análise dos dados do transcriptoma GEO de células transduzidas com IRF1 ou de fibroblastos tratados com IFN-gama indica que os alvos ligados a IRF1 em células tratadas com IFN estão associados a uma resposta transcricional positiva. Muitos dos genes alvo enriquecidos da análise de expressão estão associados à apoptose. É importante realçar que estes dados indicam que uma função significativa do IRF1 é a regulação das vias apoptóticas anticancerígenas e isto reforça o papel do IRF1 como supressor tumoral.