Gregory Russell-Jones
Sabe-se há mais de 40 anos que a insuficiência alimentar de vitamina B12 nas mães grávidas pode levar à deficiência de vitamina B12 nas crianças e é frequentemente acompanhada por um atraso no desenvolvimento. Num estudo anterior, encontrámos uma deficiência de vitamina B2 funcional em cada membro de uma coorte de 600 crianças e adultos com diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) de várias idades (18 meses a 34 anos). A mesma coorte foi também avaliada quanto à vitamina B12 funcional e cada membro da coorte avaliada apresentava uma deficiência funcional de vitamina B12. A deficiência funcional parecia estar relacionada com a deficiência funcional de B2 que foi atribuída à insuficiência de iodo, selénio e/ou molibdénio na dieta. A deficiência funcional de B12 ocorreu apesar de ter sido encontrada uma elevação da B12 sérica e, por isso, apresenta-se como uma deficiência paradoxal de vitamina B12. Como tal, o PEA devido à deficiência funcional de B2 resulta numa deficiência paradoxal de B12, que difere do atraso clássico no desenvolvimento devido à deficiência de vitamina B12, uma vez que este último é corrigível apenas pela administração de vitamina B12. Em contraste, o PEA devido à deficiência paradoxal de vitamina B12 requer a resolução da deficiência funcional de B2 antes que o tratamento com vitamina B12 possa ser eficaz.