Justin Benjamin William, Rajamanickam Prabakaran, Subbu Ayyappan, Haridass Puskhinraj, Dhananjaya Rao, Sadananda Rao Manjunath, Paramasivam Thamaraikannan, Vidyasagar Devaprasad Dedeepiya, Satoshi Kuroda, Hiroshi Yoshioka, Yuichi Mori, Senthilkumar Preethy e Samuel JK Abraham
Enquadramento: As células estaminais pluripotentes derivadas da medula óssea são uma grande promessa para a reparação terapêutica do sistema nervoso central lesado. Este relato trata de um canino da raça Boxer, paraplégico, com seis meses de idade, com lesão medular traumática ao nível de T12, que recuperou funcionalmente após transplante intralesional de células mononucleares autólogas de medula óssea (BMMNCs) semeadas num polímero de gelificação termorreversível (TGP) combinado com transplante celular intravenoso. Materiais e Métodos: Foram aspirados trinta ml de medula óssea e isolados os BMMNCs. Do total de BMMNCs isoladas, 20 x 106 células foram semeadas em 1,5 ml de TGP e implantadas no local da medula espinal lesionada. Uma fracção das BMMNCs isoladas foi armazenada a -80°C, das quais 4,16 x 106 BMMNCs foram descongeladas e transfundidas por via intravenosa por suspensão em 2ml de solução salina no 19º dia pós-operatório. O animal foi acompanhado com avaliações quinzenais durante um período de dois anos. Resultados: Observou-se recuperação das funções motoras e sensoriais ao 53º dia, tentativa de levantamento ao 79º dia e marcha ao 98º dia após o transplante celular inicial. O animal teve uma marcha satisfatória ao 133º dia e a partir daí o estilo de vida do animal foi sendo gradualmente restaurado à normalidade. O status quo desta recuperação manteve-se nos últimos dois anos. Conclusão: O resultado comprova a segurança do transplante intralesional de BMMNCs autólogos incorporados no TGP na lesão medular e faz-nos recomendar o mesmo para um maior número de casos semelhantes.