Com o objetivo de avaliar o efeito da água nas propriedades microestruturais e mecânicas dos
cimentos de ionómero de vidro, foram determinadas as resistências à flexão de seis materiais cimentícios de ionómero comerciais armazenados em água
a 37ºC durante 1 hora e 1 semana e as suas superfícies de fratura foram caracterizadas através de
técnicas de microscopia electrónica. O valor da resistência à flexão do ionómero de vidro convencional
armazenado em água durante 1 h foi inferior ao dos ionómeros de vidro modificados com resina e
superior ao do ionómero de vidro para materiais de enchimento de molares. Verificou-se que os
materiais de ionómero de vidro revestido apresentam maiores resistências à flexão do que na condição não revestida. Investigações de SEM e
análise de dispersão de energia (EDS) realizadas nas superfícies de fratura das
amostras de flexão revelaram formações de fissuras e cavidades e porosidades resultantes da perda de
partículas de ionómero. As amostras de 1 h exibiram fissuras mais profundas e pronunciadas do que as ocorridas nas
amostras de 1 semana.