Manenji Mangundu, Elizabeth Chadambuka, James January, Roy Tapera, Agnes Mangundu e Sammy Mbogoh
A malária é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em Kerfi e é responsável por mais de 22% de todas as consultas externas. Foi realizado um inquérito descritivo e transversal, no qual foram recolhidas informações dos registos de consultas da clínica Kerfi através de entrevistas presenciais com 170 chefes de família. O conhecimento sobre a malária esteve significativamente relacionado com a procura e adesão ao tratamento, a tomada de medidas preventivas e o aconselhamento de outros membros da comunidade para procurarem tratamento. O uso de mosquiteiros tratados com insecticida foi afectado por factores como dormir fora de casa e condições climáticas quentes (P = 0,039). A eficácia do programa de pulverização foi afectada pelo tipo de alojamento (90,5% postes e erva). Não se verificou associação significativa entre a infeção por malária e o estado da população (deslocados internos (PDI) ou comunidade de acolhimento (HC), razão de probabilidade de prevalência (POR 1,0811, IC 95% 0,494-2,3659). Não se verificou diferença significativa na infecção por malária por género ou grupo etário Houve uma melhoria no diagnóstico clínico da malária em 2008, uma vez que foram realizados 2.628 testes parachecks-F e 1.847 (70%) dos testes foram positivos em comparação com 2007, onde foram realizados 2.344 testes parachecks-F, mas apenas 608 ( 25,9%) foram positivos O aumento observado não foi necessariamente um aumento epidemiológico, mas uma indicação de uma maior sensibilização, resultante do comportamento positivo dos doentes na procura de cuidados de saúde e da melhoria do diagnóstico e da notificação.