Marisa Eterna da Costa e Humberto S. Machado
Introdução e Objectivos: O objectivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre o aparecimento da resistência antimicrobiana, a propagação de bactérias, as suas mutações e estratégias políticas para a prevenção e controlo de infecções bacterianas na Europa.
Materiais e métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico referente ao período de 2001 a 2016 nas bases de dados Medline, Lilacs, Scielo e Google Scholar; Relatórios da OMS – Organização Mundial de Saúde, ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças; SNS-Serviço Nacional de Saúde-República Portuguesa e livros de literatura técnica básica. As pesquisas foram realizadas nos idiomas português e inglês.
Resultados: A resistência aos antibióticos tem sido um problema de saúde pública mundial. O continente europeu tem sofrido com a propagação de bactérias multirresistentes. A literatura indica que a resistência antimicrobiana aumentou significativamente e que vários factores são responsáveis por este aumento da resistência, tais como o uso indiscriminado de antibióticos tanto na produção de alimentos para animais como nos cuidados de saúde humana, e que os agentes de maior significado epidemiológico na Europa são a meticilina- Staphylococcus aureus resistente (MRSA), Enterococcus resistente à vancomicina (VRE), Enterobacteriaceae produtoras de ESBLs, Acinetobacter spp e Pseudomonas spp.
Conclusão: O uso adequado e racional dos antibióticos é de extrema importância atualmente para evitar uma epidemia de infeções bacterianas. O controlo da propagação de bactérias resistentes depende não só da correta utilização terapêutica, mas também de medidas básicas de extrema importância.