Eduardo Abib Junior, Luciana Fernandes Duarte, Luciana Oliveira e Fabio Proença Barros
O estudo foi realizado para avaliar a interação farmacocinética da formulação de teste do comprimido de candesartana 16 mg e do comprimido de liberação prolongada de felodipina 5 mg juntos em um pacote combinado, comparando com a ingestão em jejum de formulações comerciais de ambos os comprimidos de Atacand® 16 mg e Splendil® de liberação prolongada de 5 mg (formulação de teste e formulação de referência da AstraZeneca, Brasil) em 36 voluntários de ambos os sexos. O estudo foi conduzido aberto com delineamento cruzado randomizado de três períodos e um período de wash out de uma semana. A candesartana e a felodipina foram analisadas por LC-MS-MS. A razão média dos parâmetros C máx. e AUC 0-t e intervalos de confiança de 90% dos correspondentes foram calculados para determinar a interação farmacocinética. A média geométrica da exposição à candesartana juntos em um pacote combinado de razão percentual individual de felodipina foi de 102,51% AUC 0-t e 110,40% para C máx. Os intervalos de confiança de 90% foram 90,00 - 116,77% e 93,94 - 129,74%, respectivamente. A média geométrica da exposição de felodipina juntos em um pacote de combinação candesartana percentual individual foi de 102,69% AUC 0-t e 96,17% para C máx. Os intervalos de confiança de 90% foram 89,46 - 117,88% e 82,07 - 112,69%, respectivamente. A principal variável a este respeito, AUC, não foi significativamente afetada por felodipina e candesartana com administração concomitante. A C máx. de candesartana não foi significativamente afetada pela coadministração de felodipina. Com base nesses dados e na presença no mercado de formulações isoladas de candersatana e felodipino utilizadas em combinação na prática médica, conclui-se que não há riscos com a administração concomitante de felodipina e candesartana.